quinta-feira, 5 de abril de 2012

A história da Cartografia


As sociedades sempre utilizaram registros de localizaçãoes e orietaçãoes para facilitar o seu dia a dia.

Os indígenas norte-americanos desenhavam em peles de animais ou em cascas de árvores, identificando áreas de caça, pesca e pastagem; Os nômades do Saara, como os Tuaregues gravavam nas rochas as rotas dos seus deslocamentos.

O mapa mais antigo foi produzido em argila,  na Babilônia. Eles disconheciam a existência do Oriente Próximo. A argila, corroída pelo tempo, testemunhava a concepção filosófica acerca do lugar do homem no mundo. O mapa de Ga-Sur, feito na Babilônia, era um tablete de argila cozida de 7x8 cm, datado de aproximadamente 2400 a 2200 a.C. Representa um vale, presumidamente o rio Eufrates.


No Egito Antigo as técnicas cartográficas tinham finalidades práticas: registrar, nos papiros, os limites das terras inundadas periodicamente pelo rio Nilo. Já os gregos foram os maiores cartógrafos da Antiguidade (séculos VII e III a.C), buscaram compreender os fenômenos naturais elaborando uma cosmografia (descrição do mundo), influenciada pela filosofia.



Grande parte dos conhecimentos cartográficos da Antiguidade está sintetizado na obra Geografia (oito livros), atribuída a Ptolomeu (90-168 d.C). No oitavo livro havia um mapa representando o mundo, onde o Oceano Índico era apresentado como um mar interior, limitado, ao sul, por um continente chamado "Terra Australis Incógnita", além do que ele mostrava todas as áreas ecúmenas (palavra de origem grega  - área do planeta Terra que é, ou apresenta, condições para ser habitado).

No Império Romano, as cartas foram fundamentais para organizar os deslocamentos dos exércitos, calcular distâncias, facilitar viagens entre as regiões e manter o controle sobre elas.
 





































Na Idade Média, as concepções religiosas fundamentaram grande parte da cartografia produzida na Europa cristã. Os planisférios elaborados são uma visão simbólica que mistura conhecimentos geográficos, crenças religiosas e monstros míticos. Os mais famosos, conhecidos como cartas T-O. O mundo habitado (Terra habitabilis), a divisão entre os três continentes conhecidos, Europa, Ásia e África, o "T" representa a cruz é o símbolo da Santíssima Trindade, o "O" evoca a harmonia de um mundo fechado.

As Grandes Navegações, (século XV), possibilitou a expansão da civilização européia, libertando-a dos limites do Mediterrâneo e das concepções herdadas da Antiguidade. Nesse fase, a visão Antropocêntrica (da europa) ganha reais contornos, e o homem, na busca incessante por riquezas, passa a ter maior interesse na Cartografia, pois, o interesse comercial passou a ser maior que a fé cristã. O mapa de Frei Mauro exemplifica muito bem essa nova visão de mundo, pois em 1459 o mapa criado por ele, coloca o "sul" no topo, devido aos grandes interesses comerciais nas rotas das especiarias, ao longo do oceano Índico.

Dando um enorme salto na história, podemos exemplificar a Cartografia no mundo Bipolar, pois conhecer o território inimigo e "ganhar" novas áreas de influência passa a ser vital. A representação de Logashkino, no deserto siberiano, passa a ser uma grande ingógnita, pois camuflar essa cidade era fundamental para os soviéticos, pois lá era uma grande base militar.

Hoje em dia os Satélites dão outra dimensão do espaço global. Google Map, Google Earth, GPS... A evolução tecnológica tão fantástica nos faz vislumbrar imagens nunca vistas antes. O conhecimento de áreas remotas pode ser feito virtualmente. Hoje, é o domínio da tecnologia que legitima de certa maneira a consolidação das supremacias mundiais, e nisso os paíse ricos são imbatíveis.


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